Em todas as fases, o acolhimento é pilar fundamental para a construção de uma relação de confiança entre família e escola e, consequentemente, entre o indivíduo e a sociedade. Quando uma pessoa se sente acolhida, sem dúvidas, consegue expressar seus sentimentos com mais facilidade, aprender com seus erros e desenvolver suas habilidades com maior desenvoltura. Mundo afora, existe um programa chamado de Escolas Transformadoras, que defende a empatia, a criatividade e a o trabalho em equipe como base do protagonismo social do indivíduo. Por essa razão, queremos trazer algumas reflexões, considerando cada etapa escolar com seus desafios e demandas.

O que fazer na Educação Infantil?

No início da vida escolar, é preciso incentivar, sobretudo, o respeito à individualidade e a importância da coletividade. As crianças precisam ser orientadas sobre o que é seu e o que é do outro desde um simples material escolar ao momento certo de falar. Ao enxergar o(a) colega como alguém que possui coisas, espaços, sentimentos e voz, a convivência, aos poucos, fica menos conflituosa e mais empática, o que favorece o acolhimento e a socialização de todos no ambiente escolar como iguais. Atividades em grupos são extremamente importantes para que isso seja incentivado.

Como continuar o processo no Ensino Fundamental?

Na transição entre a infância e a adolescência, outras questões precisam ser enfatizadas no processo de amadurecimento dos estudantes, já que eles tendem a ser mais individualistas, justamente para impor personalidade. Nesse contexto, é preciso incentivar o diálogo com colegas e professores para facilitar a resolução de conflitos internos e externos. Além da empatia, faz-se necessária a alteridade, que é colocar-se no lugar do outro, já que é comum os(as) pré-adolescentes acharem que seus problemas são maiores do que os dos outros. Para isso, debates críticos, aulas de campo com objetivos sociais são fundamentais.

E o que enfatizar no ensino médio?

Nessa última etapa escolar, a valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, suas expressões culturais e potencialidades, sem preconceitos, precisam ser respeitados. A partir da empatia para compreensão de si e do mundo, é preciso aprender a ser solidário às dificuldades do outro, respeitando a diversidade social, econômica, política e cultural de cada um. Além de aulas interdisciplinares, são valiosas as discussões sobre questões atuais sobre tolerância para formação cidadã de cada um.
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